domingo, 1 de fevereiro de 2009

O CRIADO-FALANTE E AS POETAS

sábado de janeiro pela manhã
acordei lenta como nunca soube
meu jarro de livros no criado-mudo
gritava
desordem da gula literária
acordei
diminui no truque
dois lidos, guardei
três pela metade, suspirei.
os inéditos, adiei.
os necessários teóricos,
ponderei
o fino, amanhã em uma tacada
e o grosso homeopaticamente
na semana, intercalo com poesia
(ah, as poesias)
desci para uns goles de café com três poetas
Maria, Alice e Ana Cristina
belo encontro de quatro
perdi-me fatalmente naquela febre
que ataca, viva
a linguagem acontecendo
despudoradamente
o corpo


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