sábado, 26 de novembro de 2011

queridinho diário,
coitadinho de você, prestando-se a esse papel tão em branco para depois preencher-te de lamúrias impacientes.
como sou culpada de mim mesma. como falo, ando, penso, danço e expresso, tudo tão vaidoso.
fodidinho diário me mande à merda, vai? preciso ouvir alguma verdade simples.

domingo, 6 de novembro de 2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

se for pela alegria e fogo da minha língua de floreios
(liquidificador-trucida-pétalas)
aceito qualquer dilema que seja jardim espesso
menos que isso
enfim
menos que isso
(tenho fome)

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

queria um tempo que me deixasse viver como criança
a bolinar espaços intuitivamente.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

COMO as digitais nas contas de calçada em calçada
nunca atravesso a rua na faixa de pedestre
não fico menos de três horas e meia no ônibus
no percurso
no trajeto
nesse caralho
cumprindo cidadã
funcionária
estudante
: passo pano lavo louça cuspo na pia
(a borboleta morta vem arrastada pelo vento, por baixo da porta, estaciona no meu pé
a carcaça leve
ainda VOA)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

nos pés 
calço o chão