sábado, 27 de junho de 2009

Terrível Meio Dia e Dez
Ainda

(o que faz ela enquanto diz que quer ficar sozinha?)
ela chove-se terrivelmente
geléias do escorrido
terrível temidissimo
odela vinha-lhes
vermes-vaga-lumes
cagando luzinhas
cabeça-galhos
d’água ardentedela
sozinha
surda ficou em meio a oito gritos
(terríveis)
de crianças se divertindo
em ato de suas vontades
movimentos de pimenta
livres do tédio
mais temida
ASUAVONTADE
coçava a cabeça
(sem teto)
piolhos trovadores cantando: tafudidafudidatáofereçatetálátudoaquisóofereçate
ritmada
a queda cor-de-asa
e todo um galinheiro que não sabe voar
para que asas?
só bicos?
para os podres dos fins das merdas dos vaga-lumes cerebrais arrebitando os rabos para ela dilatar os girassóis despreocupados: fodendonus

(crianças brincam com bexigas terrivelmente coloridas)
Terrível Meio Dia e Dez
Ainda

domingo, 21 de junho de 2009

dela:
beijo
o
sim
hum
(dois)
SAUDAÇÕES ATRAVÉS da peneira
o Poeta através da peneira
na abertura da boca do jacaré
atrás da colher
pacientemente
delicado
a tirar
as bolas, uma a duas
do vestido cor de bola
do pano sem fechecler
de nó
do peito de vento da Poeta
arrancando cada ar
de secreto
que
nem pode ela sufocar
do sorriso ao riso
de três em quatro
que a revelava
de tempo em toque
o de dentro dos parênteses
atmosférico

ME ASFALTO as pupilas (tem dias) despetrificada, rios sacodem de dentro afora cuspindo maré e selva no rosto desdelicado.
Teores ácidos lavam invisíveis, nem desconfia que nem sabe.
Chora cuspes.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

rente ao chão despetalado
vou
(sem clichês)
(alguns)
vem?
cutucar o seu fundo correndo calma
a espécie da fome adjacente ao despudor
confessa-te
(não aqueles)
ti
que indago é um pretexto
vem?
cutucar o mundo
um incomodo tão alheio-deles
(nosso)
vem?

confessaTE