quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

DESPERTE-SER -ME

o despertencer
graças a meus silêncios de chupar chocolate derretendo
boca ocupada  de açúcar refletindo cacau
vem assim de uma vez, no vagar,
a chuva na praia molha a canga,
todo mundo corre para algum coberto
só se for de mar
o mar que faz conta de pouca onda
o horizonte, enganando moços em suas pranchas
açaí eu banana tal união de corpo
Eduardo Galeano e algum intuitivo
descalei inteireza
simultaneamente
tudo de cada vez
despertencer por inteiro
detentora
do cada vez.


20/01/09
Ubatuba - Lagoinha

Acabei de ouvir um trovão tão comprido que se fosse outra coisa, como uma grande onda do mar devastando a praia da Lagoinha, não me assustaria.
Depois de ler Guimarães Rosa e seu cavalo que bebia cerveja, fiquei desvirada, a própria prosa poética em caldo pela casa, uma linguagem viva me afeta o núcleo dos miolos-bomba, sinto no corpo a febre. Fiquei tentada pernilongo mosquito pica gente beber incenso de sândalo branco com baygon, e eu, e meus pelos em uma tentativa de crescimento em plena praia de gente tomadora de sol com água salgada, da sola do pé a aura cósmica do verão,
um charme só. Menos eu.
Bicho Grilo Lincolm parou para mostrar seus trabalhos de Semente –Enfeita-Gente-Se-deusquiser-Ainda-Viro-Indio, só sem essa de Bio - Jóia , é Semente mesmo bicho!
Matheus de amor redundante, diz, te amo tia, tendeu? Amo. E Eu de história fiada infantil, era uma vez, era não, é uma vez, um reino engraçado fedido a bosta de cavalo, o rei era um cavalo, a rainha uma égua, o príncipe, um potro ( é isso?) e o povo?
 uns jumentos! ( GRITOU meu irmão cagando do banheiro). Até as crianças riram.
Ai fui baralho chuva yoga lentilha tudo de férias, até chegar aqui, a um relato da coisa e tal.
Ubatuba - Lagoinha
14/01/09

Nenhum comentário: