sábado, 10 de janeiro de 2009

Maria Nectarina

ainda morro de paixão.
acordei assim, café preto com pão na chapa e cazuza
aí fui esfregar a casa, vassoura e pano em um delito de quase lágrimas
um sorriso estalado, aceso,
descontrolado necessário e misterioso como farol de carro em estrada de terra a meia noite
sentei.
comi uma nectarina em ato antropofágico
eu e a nectarina – fêmea
devorando-se
uma era a outra
quis diluir-me em fruta doce
(ainda morro de paixão)
o tempo anda sensual
e anunciarão assim:
Maria Nectarina confundiu se com a própria fruta
e morreu doce,com um sorriso estalado
aceso e descontrolado
07/01/08

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