quinta-feira, 20 de novembro de 2008

ORAÇÃO DE NÃO EDUCAÇÃO

um ermo.
sirvo-me de Manuel de Barros e seu ermo para invadir o meu.


tenho um ermo no peito. invadido sempre por fugitivos que vêem algum mistério parecido com uma festa na vastidão.
a coisa começou desde sempre pequenina, ali, nas bagunças dos dias, sobrevivendo ao não.
criei um nada orgânico, fiz da minha imaginação spray poeticida, anti-nãos, luminária do canto secreto do meu olho, música vadia para obra ao acaso das invenções.
criei a ideia como a amiga imaginária, senhora, rainha e mãe de santo desse ermo no peito.
ás vezes, uma má educação contribui para a formação do individuo, até hoje me deseduco diariamente, ou semanalmente,  não passa de um mês. alimentando o corpo ocupado de obras ao acaso originarias de uma péssima educação.

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