sábado, 11 de abril de 2009

QUILOMETRAGEM

fixa.
vaidosa
fixidez
vaidade
eu meu eu
querido idiota
abandonando-me
latejando se selvas
um cordão umbilical
de fios magnéticos e ramagens
vazando leite de porco e ovo de vaca
esvaziamento
zunindo elefantes e suas penas de coitados
assim é meu sentimento de manga entre dentes
derretendo deus
e o Nada
quilômetros sem gritados
e lágrimas sem vexame
tudo ali
compondo no chão
esparramamento
eu
na quina do canto da parede rosa- não- rosa,
contemplando tímida
(ainda)
o escândalo em que me abandono
baixaria sem convicção
um bordel de objetos e espelhos mal olhados
um susto de quilômetros de gritos engasgados
na goela
roseiral
no fundo
despretendida e intencionada até no gesto
na voz
quilômetros de abelhas cuspindo fogo
cheirando a vento
misturando-se as plantas
verdes de pétalas
(chamuscadas)
insuspeitáveis na existência
lama


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