quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

TUDO QUE VI

Vi uma mulçumana comendo bolacha recheada na rua 25 de março, linda, maquiada e a bolacha de chocolate com uma carinha feliz desenhada.
No TRE, Tribunal Regional Eleitoral, na fila, ele disse oi, ela, oi, ele, casou?, ela, casei, ele, casou! nossa!
distrai-me.
voltei.
ela, uma folga por semana, ele, ah, eu também.
no ônibus, o calor, o transito, a mulher reclamava, e eu disse, é que o mundo já explodiu e a gente nem sabe, ela, é o quê? , eu, o mundo. explodiu. ela, ah, as compras né?, eu, não, é o mundo mesmo, ela, ah. eu, estamos mortos, ela, eu to só indo atrás de uma assistência técnica em pinheiros, eu sorri
Homens conversavam enquanto comiam na praça de alimentação do shopping,
-que dia da semana é o natal?
-não sei.
comem
-dia 28 estarei em Araçu
-dia 30 tenho que estar lá, aniversário do Diego.
comem
-ah, e da helena também.
-as crianças tão acostumadas a viajar né?
comem
-sim. só que.
-só o básico né? o xixi.
comem
- temos que pegar um feriado e ir pro rancho do meu irmão
-ah, é uma delicia.
comem
-o segredo é cansar as crianças, brincar até meia noite.
-temos que marcar já, deixar marcado para não ter como escapar
comem
saio
vi um sabonete liquido de mel com limão
quase comprei.
o homem tentava cantar no ônibus após muitos minutos de av. rebolças “Goiabada Cascão Goiabada Cascão”
desci do ônibus respirei um ar av. paulista iluminada, corri para casa ler manoel de barros, é que, de repente
me vi pretendida a árvore sem bolinhas

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